O que é ser autêntico é diferente para cada pessoa, mas há traços comuns entre as pessoas que são fiéis a si próprias. Quantos consegue ver em si?
Há uma citação do filósofo alemão Friedrich Nietzsche que diz “Tu tens o teu caminho. Eu tenho o meu caminho. Quanto ao caminho certo, o caminho correto e o caminho único, esse não existe”. Ser autêntico é um esforço pessoal. A autenticidade é algo diferente para cada um de nós, portanto como podemos saber se estamos a viver de forma verdadeiramente autêntica? Esta masterclass Como ser o seu verdadeiro eu foi concebida com a psicóloga e autora de bestsellers Kelly Weekers para lhe dar orientação no caminho para uma vida autêntica através das nossas sessões orientadas, meditação, dicas e muito mais. E neste artigo, revelamos os 7 traços que todas as pessoas autênticas têm em comum, porque embora a autenticidade, na prática, seja diferente para cada um de nós, analisar se se identifica com estes traços e se os vê em si, vai permitir-lhe saber se está no caminho certo.
“Desenvolver esses traços é uma excelente forma de melhorar a sensação de autenticidade”, afirma Kelly. “Quando começa a conhecer-se melhor, compreende como determinados pensamentos, emoções e ações ajudam a que seja fiel a si e como outras pessoas impediam que vivesse de forma autêntica. Trabalhar nisso é uma parte natural do percurso para voltar a ser o seu verdadeiro eu”.
Não se preocupe se, neste ponto, apenas conseguir identificar alguns dos traços; com o tempo, prática e implementando as dicas abaixo, deveria começar lentamente a identificar-se com cada vez mais até os viver com confiança. Vamos a isso.
1. AS PESSOAS AUTÊNTICAS EVITAM AS COMPARAÇÕES
Fiéis a si próprias em qualquer cenário ou interação que surgir, as pessoas autênticas não se comparam com as outras. Não mudam como um camaleão para encaixarem nem procuram validação dos outros.
Dica da Kelly: “A comparação alimenta a insegurança e a insegurança faz com que persiga objetivos que não são fiéis a si, mas sim a algo que obtém a aprovação dos outros. O segredo para evitar a comparação, ser o seu motivador e traçar o seu caminho está em como fala consigo.
“O que me impressionou relativamente a mim foi que eu podia ser muito boa amiga. Quando as pessoas à minha volta estavam a passar um mau momento, eu estava lá para as apoiar. Mas não me apoiava a mim. Quando fazia alguma coisa mal, ou quando cometia um erro, era sempre muito dura comigo. Até tornava a situação pior dizendo coisas como “és mesmo muito estúpida”, “claro que não vais ser bem-sucedida!” e “o que é que esperavas?!” Se falasse com os meus amigos dessa maneira, já não teria amigos!
“Preste atenção a como fala consigo. Como o faz? Sobretudo quando as coisas não correm como esperava. Quando se sente mal, as suas palavras fazem com que se sinta melhor ou pior? Assegure-se de que as palavras que troca consigo são positivas, de apoio e motivadoras. Fale consigo como alguém que tem as melhores intenções. Seja sempre o seu melhor amigo! Por um dia, tente ativamente “apanhar” quando tiver pensamentos negativos ou quando se comparar com outras pessoas. Tente substituir o pensamento com algo positivo”.
2. AS PESSOAS AUTÊNTICAS NÃO JULGAM
Uma boa maneira de ver se alguém é autêntico é ver se tem a mente aberta e não julga os outros. As pessoas autênticas não sentem a necessidade de deitar os outros abaixo nem ficam com inveja do seu sucesso, são amáveis e respeitosas.
Dica da Kelly: “Sermos mais compassivos relativamente às outras pessoas é uma excelente forma de julgarmos menos. Só precisamos de nos por no seu lugar durante um momento. O que é que tiveram de fazer para atingir esses objetivos? Porque é que estão a agir de determinada maneira? Do que precisaria no lugar delas? Sermos capazes de sintonizar com as emoções e as necessidades das outras pessoas - e o que fizeram para chegar onde estão - faz com que sejamos menos duros e críticos uns com os outros.
Se o que sente é inveja, tente compreender o que é que esses sentimentos dizem acerca do seu ser e estado mental atual. Porque é que se sente assim? O que é que o incomoda exatamente? As emoções que sente são motivadas pelo que conta a si próprio. Em vez de se dizer que é menos do que outra pessoa porque ela tem isto ou conseguiu aquilo, diga-se a si e a essa pessoa que está feliz por ela e que ela o inspira a atingir os seus objetivos.
Compreendermos por que motivo nos sentimos de determinada forma, pode ajudar-nos a mudar isso. Julgar e ter inveja muitas vezes deriva de nos focarmos nas coisas boas que os outros têm em vez de nas nossas e nos sonhos dos outros em vez de nos nossos. Dê a volta a isso!”
Tem uma sensação de sobrecarga? Experimente o exercício relaxante com velas da Kelly da próxima vez que sentir o stress a atacar no trabalho e não só.
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3. AS PESSOAS AUTÊNTICAS SÃO MENTALMENTE FORTES
Ser carinhosas e abertas é importante para as pessoas autênticas, mas não fazem as coisas para agradar os outros. Não cedem constantemente aos outros em detrimento da sua própria felicidade.
Dica da Kelly: “É importante para nós compreender, de uma vez por todas, que sermos egoístas é saudável até certo ponto. É uma forma de autoproteção que garante que respeitamos a nossa energia e o nosso tempo e os protegemos. As nossas opiniões, desejos e necessidades são tão importantes como os dos outros. Sermos carinhosos e abertos com os outros não tem nada a ver com dizer-lhes não. Tem a ver com criar o tempo e o espaço de dizer SIM a si próprio.
“Quando algo ou alguém faz com que se afaste do que realmente quer, não responda imediatamente. Faça uma pausa e pergunte-se: De onde é que esta reação vem? Quero de facto gastar o meu tempo e a minha energia nisto? Ao utilizar o mesmo botão de pausa de que falei neste vídeo, vai responder de forma consciente, para que possa aperceber-se dos seus limites, protegê-los e viver de forma mais autêntica e seguindo o caminho da sua felicidade, em vez da dos outros”.
4. AS PESSOAS AUTÊNTICAS SÃO EMOCIONALMENTE LIVRES
As pessoas que vivem de forma autêntica não fogem dos seus sentimentos. Quer seja tristeza, medo, felicidade ou emoção, mostram as suas emoções.
Dica da Kelly: “Nem sempre é confortável partilhar as suas emoções com os outros quando está a passar um mau momento, mas o alívio que sente depois ajuda a que se sinta melhor e mais fiel a si próprio. Ajuda a aprofundar as suas relações, uma vez que as outras pessoas compreendem melhor as suas motivações e também pode ajudá-las a sentirem-se mais confortáveis mostrando-se vulneráveis consigo.
“A abertura é algo muito valioso. Ignorar ou esconder as suas emoções não o torna mais forte, muito pelo contrário, ignorar as suas emoções faz com que seja mais vulnerável e com que seja mais fácil despertar reações negativas. Atrever-se a ser vulnerável é um superpoder e uma forma de ser quem realmente é”.
5. AS PESSOAS AUTÊNTICAS TÊM VONTADE DE APRENDER
Sempre curiosas e a questionar as coisas que as rodeiam, as pessoas autênticas estão abertas a mudar. Adoram aprender coisas novas.
Dica da Kelly: “Conhecer-se e ser quem realmente é é um processo longo de crescimento, não é algo que se pode fazer numa hora. Estar aberto a coisas, pessoas e lugares novos e a novas versões de si deve ser um exercício consciente. Adquira o hábito de se fazer estas perguntas: O que é que pensa sobre isto? Porque é que eu quero isto? Porque é que faço isto? O que é que eu gostaria de fazer?
“Estar mais em harmonia consigo vai ajudá-lo a conhecer-se cada vez mais. Esteja aberto a adotar um novo hobby, comece a ler diariamente umas quantas páginas de um livro de não ficção, ouça e faça perguntas a pessoas que têm estilos de vida e convicções diferentes dos seus. Seja curioso. Quando tem vontade de aprender coisas sobre o mundo e sobre os outros, também será mais fácil conhecer-se e ser quem é”.
6. AS PESSOAS AUTÊNTICAS ASSUMEM OS SEUS ERROS
As pessoas autênticas não só sabem que cometer erros faz parte da vida, como também assumem prontamente esses erros pondo a mão no ar e dizendo que estavam erradas. Também não têm medo de pedir ajuda.
Dica da Kelly: “Toda a gente comete erros e não ser capaz de admitir que se fez asneira ou que se fez algo mal impede que sejamos nós próprios. Aprenda a reconhecer os seus erros, não criando desculpas, mas assumindo-os. Não se vai sentir confortável no momento, mas depois vai ter uma sensação de libertação. Afirme com mais frequência para si próprio que pode ser perfeitamente imperfeito como qualquer outra pessoa.
“O único motivo pelo qual por vezes parece que as outras pessoas nunca cometem erros é elas serem melhores a escondê-los do que outras. É libertador saber que não tem de ser perfeito e cada erro que reconhece é uma oportunidade de crescimento”.
7. AS PESSOAS AUTÊNTICAS SEGUEM O SEU PRÓPRIO CAMINHO
Não tem mal nenhum dizer que não, as pessoas autênticas sabem isso muito bem. Sentem-se confortáveis recusando-se a ir a uma festa porque precisam de estar sozinhas ou não indo a uma reunião tardia porque é mais importante passar tempo com a família. Seguem as suas próprias regras.
Dica da Kelly: “Hoje, e de preferência nos dias que se seguem, lembre-se de que quando lhe pedem algo, o não também é uma resposta possível. E antes que o seu não seja acompanhado por uma série de desculpas e explicações, não o faça. “Não, não posso” é suficiente. Continua a sentir a necessidade de explicar o seu não? Então não se esqueça de que explicar não significa justificar-se. Pode explicar, claro, mas não é necessário pedir desculpa nem dar explicações longas.
“Se disser que sim, não o faça por culpa, medo ou para ir ao encontro das expectativas, diga sim só se quiser fazê-lo com a cabeça e o coração. E em caso de dúvida genuína? Diga à pessoa que gostaria de pensar um pouco sobre o convite antes de dizer que sim ou que não. O seu instinto muitas vezes diz-lhe qual a resposta certa. De qualquer maneira, não diga que sim em piloto automático, durma sobre o assunto e dê a sua resposta autêntica”.
Este artigo faz parte da nossa masterclass de autenticidade que irá ajudar a descobrir quem é realmente e a viver uma vida mais autêntica. Ao permitir-se explorar a sua verdadeira essência, vai ser capaz de estabelecer contacto com o mundo à sua volta de uma forma nova e positiva.