Tem um sonho, mas tem medo de o seguir? Saiba como criar uma mentalidade para o sucesso.
Quando foi a última vez que saiu da sua zona de conforto? Não estamos a falar de experimentar outra forma de massa ou um género cinematográfico diferente. Estamos a falar de algo que fez com que sentisse nervosismo, que fez o seu coração bater mais rápido do que o habitual. Sair da sua zona de conforto mais regularmente pode levar a que viva uma vida com mais propósito, saiba porquê e como fazê-lo!
Conhece realmente os seus limites?
Quando somos pequenos, temos constantemente de ultrapassar o medo das primeiras vezes. São momentos muito importantes no nosso autodesenvolvimento. No entanto, enquanto adultos, somos atraídos para a segurança do que conhecemos. Estudos neurocientíficos revelaram que no nosso cérebro, a incerteza é semelhante ao fracasso, motivo pelo qual tendemos a ter receio dela. Ter uma sensação de propósito na vida resulta de conhecermos o nosso “verdadeiro eu” um pouco melhor. Temos de descobrir o que realmente nos emociona e nos faz sentir felizes e depois deixar-nos guiar por isso. Embora possa pensar que se conhece, por vezes as novas experiências e forçar os seus limites pode revelar coisas que não sabia de que era capaz.
Pense como um atleta
“A zona de conforto é uma zona de estagnação”, explica Ben Jenks personal trainer e editor sénior de Powerlifting Technique. “É um espaço seguro fictício que restringe o crescimento, a aprendizagem e a realização do nosso potencial. Os atletas compreendem isto intrinsecamente, motivo pelo qual destroem constantemente a sua zona de conforto através de treinos de maior intensidade, alterações de técnicas e objetivos mais ambiciosos. Todos beneficiaríamos se adotássemos a mentalidade de melhoria pessoal contínua dos atletas.
Ben diz que uma das táticas mais poderosas para melhorarmos é cultivar uma “mentalidade de principiante”.
“Os atletas de elite dominam esta técnica. Independentemente de quantas medalhas olímpicas tenham ganho, continuam a procurar novos treinadores, novas rotinas e novas perspetivas para melhorarem”.
“Aplique isto à sua vida”, sugere Ben. “Aborde novas experiências como um estudante humilde pronto para absorver o máximo possível. Faça todas as perguntas que quiser sem vergonha. Cometa erros sem julgar. Foque-se simplesmente no processo de aprendizagem e crescimento”.
Atreva-se a ter grandes sonhos
Se tivesse coragem de fazer qualquer coisa no mundo e soubesse que não fracassaria, o que faria? A falta de coragem e o medo do fracasso são duas das principais coisas que nos podem impedir de fazer o que a nossa alma deseja. Esta pergunta pode ter revelado um dos seus verdadeiros desejos. Como uma das coaches mais conceituadas no Reino Unido, este é o tipo de pergunta que Ani Naqvi faz constantemente aos seus clientes. “O nosso cérebro vai sempre limitar-nos”, explica Ani. “Tento que as pessoas tenham grandes sonhos. Por defeito, tendemos a pensar de forma pragmática, pensamos acerca do que podemos fazer e não no que poderíamos fazer. Adoro fazer estas perguntas porque ajuda as pessoas a saírem das suas mentes, a libertarem-se das suas crenças limitadoras e a entrar num espaço mais criativo onde podem sonhar. Quanto mais criativo for e quanto mais puder expandir a sua mente relativamente ao que pode conseguir… vai descobrir que vai consegui-lo”.
Sinta medo, mas faça-o de qualquer maneira
Quer seja fazer uma apresentação no trabalho, ganhar coragem para dizer o que pensa ou finalmente inscrever-se na aula de dança que há tanto queria experimentar, é natural sentir ansiedade relativamente a abandonar a sua zona de conforto. Mas essa sensação é exatamente o motivo pelo qual devia fazê-lo de qualquer maneira. Num estudo recente pediu-se a 550 estudantes para participarem numa experiência em que a uma parte do grupo foi pedido que se sentissem esquisitos e desconfortáveis durante os exercícios. As conclusões? Esses estudantes aumentaram a sua persistência e assumiram mais riscos, fizeram mais progressos e aprenderam mais do que os outros estudantes. “Sabia que o medo de falar em público é o medo mais comum no mundo?”, pergunta Ani. “Em 2021, decidi enfrentar este medo de frente, em parte para cumprir a minha missão de ter impacto na vida de mais de duzentas e cinquenta mil pessoas, e em parte para ultrapassar o meu medo relativamente ao que as pessoas pensam de mim, atendendo aos meus valores autênticos. Isto levou-me a apresentar e a falar no meu primeiro evento com centenas de pessoas. Nunca teria conseguido isso se não tivesse saído da minha zona de conforto e me tivesse forçado a enfrentar o meu maior medo até então”, explica Ano.
Como seria sair da zona de conforto para si?
Descubra (ou redescubra!) as suas paixões
Pense nisto: havia algum hobby, atividade ou interesse que adorasse quando era mais jovem e que não faz neste momento? Se sim, por que deixou de o fazer? Uma sondagem revelou que nove em cada dez adultos britânicos abandonou pelo menos um hobby da juventude e que quase um terço (31%) não se lembra da última vez que adotou um novo hobby ou que experimentou algo diferente. Um grande motivo para tal pode ser o facto de associarmos, muitas vezes, hobbies com coisas para as quais temos jeito.
“O sistema escolar está preparado para a concorrência”, explica Ani. “É a premissa da sobrevivência do mais adequado”. Quando potencialmente descobrimos que não somos “os melhores” em algo ou que talvez não seja um interesse lucrativo ou com motivação profissional, muitas vezes abandonamos essa atividade. Como disse Eleanor Roosevelt, “o propósito da vida é vivê-la”. E poderíamos acrescentar “e fazer coisas que nos emocionam verdadeiramente”. Não tem de ser bom a tudo, simplesmente tem de desfrutar ao fazê-lo.
Os hobbies têm o poder de nos dar uma sensação de propósito. Numa meta-análise levada a cabo em 2023, dados de mais de 93 000 idosos foram analisados, revelando que aqueles que tinham hobbies tinham níveis mais elevados de saúde, felicidade e satisfação geral com a vida. Nunca se é demasiado velho para começar um hobby, mas quer esteja a revisitar uma antiga paixão ou a experimentar algo novo, pode vir a descobrir uma sensação de ansiedade e medo ao fazê-lo.
Não posso fazer isso
Tudo a postos para começar a experimentar coisas novas? Ter a confiança e a motivação para o fazer depende de criar uma mentalidade para o sucesso; para ajudar, a nossa especialista e hipnoterapeuta criou uma hipnose orientada para reformular o seu pensamento do “eu não posso” para o “eu posso”. Experimente aqui.
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